Ah, o Lorran Lopes dos Santos Ruiz, esse aí não é só um personagem, é praticamente um capítulo à parte no manual de “Como dar golpes e sair dirigindo uma Lamborghini”. Vamos começar pelo começo, porque todo bom enredo precisa de um início épico.

Lá em 2019, enquanto você estava tentando entender o que era dropshipping, o menino Lorran resolveu inovar. Ele pensou: “E se eu fizer o drop, mas esquecer o shipping?!” Brilhante, né? Assim nasceu o lendário modelo de negócios conhecido como “venda e desapareça”. Nessa época, ele ainda tinha o aval da fraternidade do Raiam Santos, uma turma que supostamente promovia marketing digital, mas que acabou precisando expulsar o prodígio porque, veja só, até estelionato tem limite. E o motivo? Um clássico: vender chapinhas alisadoras como se fossem barras de ouro, mas nunca entregar. Não queremos nem pensar, como essa galera que pretendia alisar os cabelos ficaram.
Só que Lorran não é bobo nem nada. Quando viu que o Mercado Pago estava ficando de olho, decidiu terceirizar a culpa. Entram em cena o tio, os mentorados e até os funcionários, que passaram de colaboradores para sócios involuntários no esquema. Um desses azarados, Mateus, acabou com uma conta recheada de processos judiciais enquanto Lorran dava risada no grupo do WhatsApp.
E aí vem Leonardo Pacífico de Oliveira, mais um personagem da série “Lorran e o Golpe Sem Fim”. Lorran aplicou a mesma fórmula mágica: vendeu, não entregou, e deixou todo mundo se perguntando como um cara consegue dormir tão tranquilo à noite. Spoiler: em lençóis de algodão egípcio, provavelmente.
Mas o menino Lorran queria mais. Mentorias? Quem precisa disso quando você pode criar o maior esquema de gateway de pagamento do país? Assim nasceu a Nexus Pay, ou, como as vítimas preferem chamar, “Meu Dinheiro Nunca Mais”. Com R$ 800 mil, Lorran comprou um código chamado Cloudfox, ajustou aqui, maquiou ali, e pronto: um esquema tão bem arquitetado que movimentou uns modestos R$ 40 milhões. E o Reclame Aqui? Coisa leve, só 22 mil queixas, como se fosse um call center de pesadelo infinito.

Enquanto os lojistas choravam porque não conseguiam sacar seus pagamentos, Lorran fazia o oposto: sacava tudo e ia direto para a concessionária. Em questão de meses, ele acumulou uma mansão de R$ 10 milhões, uma Lamborghini, uma BMW blindada, uma Land Rover Velar e uma Mercedes G63. Parece o final feliz de um filme, né? Só que sem o final nem a felicidade – pelo menos para quem ficou sem o dinheiro.
A cereja do bolo foi a esposa dele, Thaissa Ruiz, ostentando bolsas de luxo e notas fiscais que deveriam estar em um museu de absurdos. Porque se é pra torrar dinheiro dos outros, que seja com estilo!
Mas Lorran, o incansável, não parou por aí. Quando o escândalo da Nexus Pay explodiu, ele teve a brilhante ideia de abrir outro gateway, o Conect Pay. Não durou muito, porque a internet não esquece e nem o RA (Reclame Aqui). Atualmente, ele está testando novas estratégias com uma inicializadora de Pix, porque, afinal, mudar o nome sempre resolve tudo, né?
Só que, desta vez, parece que o RA já está com o radar ligado e mal pode esperar para contar o próximo capítulo dessa novela de luxo e golpes. Fique ligado, porque o menino Lorran sempre tem uma carta na manga – mesmo que seja de baralho marcado.