Se tem uma coisa que aprendemos com o tempo é que nem tudo que reluz é ouro – e no mundo dos pagamentos online, isso é quase uma regra. Hoje, vamos mergulhar nos bastidores da Pague Safe, uma empresa que parecia confiável à primeira vista, mas que, segundo relatos, operava de maneira bem diferente por trás das cortinas.
O escritório de Alphaville: uma ilusão bem construída
Quando falamos de gateways de pagamento suspeitos, a imagem que vem à mente normalmente é de um jovem “empreendedor” operando direto do quarto, com o Wi-Fi emprestado dos pais. Mas a Pague Safe fugia desse estereótipo. A empresa operava em um escritório em Alphaville, São Paulo, um local que, pelas fotos e vídeos que tivemos acesso, passava a impressão de uma estrutura legítima e confiável.
No entanto, uma investigação mais aprofundada revelou um pequeno detalhe incômodo: o endereço registrado no CNPJ não batia com o escritório mostrado nas imagens. Pode ter sido um descuido? Talvez. Mas a história fica ainda mais estranha.
Fontes indicam que o espaço pertencia a um sócio investidor que, posteriormente, deixou a empresa. O motivo? Supostamente, ele não concordava com a forma como a operação estava sendo conduzida. Até o momento, não se sabe se ele recebeu sua parte ao sair, mas um detalhe chama a atenção: o aluguel e até os móveis do escritório estavam no nome dele – e, aparentemente, as parcelas ficaram para trás.
Sim, além de todos os outros problemas, o ex-sócio pode ter saído no prejuízo até com os boletos do sofá.
Como funcionava a Pague Safe por dentro?
Agora que entendemos o cenário externo, vamos falar da operação interna. Segundo informações de um ex-funcionário, a equipe era enxuta e tinha uma estrutura, no mínimo, peculiar:
- Uma funcionária multitarefa: Atendia telefone, interfone, fazia a limpeza… basicamente, a alma da operação.
- O cara da tecnologia: Deveria ser sócio, mas mal recebia pelo serviço.
- A social media: Além de aparecer nos vídeos, tem algumas das melhores histórias dos bastidores.
- Equipe comercial: Três pessoas trabalhando remotamente.
- Financeiro operacional: Conhecido por ter as histórias mais tensas – principalmente de madrugada.
- Compliance: Sim, existia um setor de compliance…
- Financeiro: (o famoso João) Tocada por um primo do Ayrton, que foi preso junto com o Ayrton em Portugal por sequestrar uma pessoa. (Sim você não leu errado).
- O próprio Ayrton: A peça-chave da operação.
No total, a empresa contava com oito pessoas. E aqui surge a grande pergunta: será que o setor de compliance sabia que a Pague Safe vendia contas laranjas?
Bom, as imagens que temos falam por si.


Conclusão: uma empresa que enganou até quem estava atento
A Pague Safe conseguiu enganar muita gente, e não só clientes, mas até mesmo investidores e funcionários que, de dentro, viram a coisa desmoronar. O que parecia um negócio legítimo acabou se revelando um esquema cheio de irregularidades, promessas não cumpridas e muita gente saindo no prejuízo.
Se essa história serve de lição? Com certeza. Da próxima vez que alguém mostrar um escritório bonito e dizer que é sinônimo de confiança, talvez valha a pena dar uma olhada no CNPJ, nos boletos e, claro, no histórico dos sócios.
No próximo episódio da Pague Safe você ira entender como está a situação da empresa junto ao mercado e internamente. Não perca.